ATENÇÃO: Esse post contém imagens e/ou relatos de violência extrema, podendo ser para os mais sensíveis seriamente perturbador e não é recomendado para menores de 18 anos. Você foi avisado.
Década
de 50, Sacramento – Califórnia. Filho de pais abusivos e família extremamente
rígida e disciplinadora (era aceitável e comum nesta época) cresceu Richard Trenton Chase. Amargurado pelo
ambiente hostil em que passara a maior parte da infância, se submeteu às drogas
(maconha e LSD) e ao alcoolismo muito cedo.
É notável e, não é preciso ter muito conhecimento na
área, para entender que Richard Chase apresentava desde sua juventude traços e
comportamentos de um serial killer. Inicialmente, mutilava animais de pequeno
porte, principalmente gatos. A insensibilidade ao sofrimento continuou além da
adolescência, onde a grande maioria torna-se consciente e sensível à aflição de
animais. Não foi assim com Richard Chase. Na realidade, tornou-se cada vez pior
e, este é um dos padrões muito presentes na maioria dos serial killers.
Certa vez, sua mãe ao entrar em casa o flagrou
mutilando um gato. Estava banhado em sangue e o esfregava em sua face, como
quem está sedento. Ela não reportou o acontecimento e seguiu sua vida
normalmente.
Deve-se considerar que pequenos relatos como este
são altamente relevantes para entendermos que tipo de pessoa foi Richard Chase
e por que o apelidaram de “O Vampiro de Sacramento”.
Richard
Chase – “The Vampire of Sacramento”
É importante evidenciar que Chase possuía disfunção
erétil, o que significa que era incapaz de atingir a ereção, tampouco possuía
atração sexual por alguém (dizia-se decorrente de sentimentos de raiva
reprimidos ao longo dos anos). Incomodado e, com intenção de levar sangue ao
seu membro, injetou sangue animal.
Richard saiu de casa. Dizia que sua mãe queria
matá-lo e foi morar em um apartamento. No entanto, seu comportamento era tão
perturbador que seus colegas de quarto foram para outro local. Com a residência
livre, executou todo tipo de barbárie. Estripava animais e devorava seus
órgãos. O local era coberto de sangue, em todos os cômodos. Na geladeira, uma
mistura de órgãos com coca-cola!
Servidos?
Certamente não estava em seu juízo perfeito, se
alguma vez esteve. Delirava dizendo que o sangue era para que seu coração não
encolhesse. Ou que estivesse crescendo ossos em seu crânio. Ou que sua artéria
pulmonar havia sido roubada por nazistas.
Em 1975 foi internado involuntariamente em um
hospital psiquiátrico, após passar mal ao injetar sangue de coelho nas veias.
No hospital, substituiu seu vício pelo sangue de pássaros. Os pacientes e os
funcionários o apelidaram de “Drácula”.
Em 1976 foi diagnosticado com esquizofrenia paranóide,
tratado com medicamentos e liberado por ironicamente “não ser considerado um
risco para à sociedade”. Em 1977 policiais o encontraram nu, coberto de sangue
e em seu veículo, um balde com fígado bovino. Após as constatações, foi
libertado.
Então sua monstruosa e sangrenta história como
serial killer teve início.
Richard Chase em meados
da década de 70.
Ambrose Griffin, um senhor de 51 anos estava
descarregando as compras em sua garagem quando Richard Chase fez sua primeira
vítima. Atirou no Sr. Griffin com uma arma calibre 22. Soa estranho o fato de
Chase ter usado uma arma para matar. Psiquiatras forenses e outros estudiosos
dizem que a maioria dos serial killers costumam utilizar as próprias mãos.
Sempre possuem arma, mas geralmente não para matar. Bem, a questão é que o
crime pareceu tão aleatório que a investigação foi arquivada.
Poucas semanas depois, Chase começou a invadir casas
e, segundo ele, portas que não estavam trancadas eram um convite para entrar. Em
uma dessas situações, Richard Chase entrou em um quarto de bebê, urinou em sua
gaveta e defecou em todo o quarto!
Em 1978,
Teresa Wallin (foto) foi surpreendida com três tiros. Chase, fascinado com o
cadáver, abriu seu abdômen, revirou seus órgãos e abusou sexualmente do corpo.
A expressão de completo terror e desespero no rosto da vítima denuncia os
terríveis últimos momentos de sua vida.
A foto do cadáver no
momento em que foi encontrado está disponível aqui, no entanto, uma vez que a política do blog não
permite imagens com conteúdo gore/apelativo, é de sua inteira responsabilidade
visualizar este documento. A imagem é chocante e perturbadora. Não diga que eu
não avisei.
Teresa Wallin estava
grávida de três meses.
Segundo investigações, havia um copo de iorgut perto
da cena do crime, o que Chase teria usado para beber o sangue da senhorita
Wallin. “Já vi muitos homicídios, tirei
muitas fotos, mas nada era parecido com aquilo. Foi um horror”, “Richard Chase
é o homem mais doente que conheci” confessou o xerife do departamento de
polícia de Sacramento.
Foto de uma das cenas do
crime. Nela, a marca do copo que Chase teria usado para beber o sangue da
senhorita Wallin.
Uma semana depois, em 27 de janeiro de 1978, o
Vampiro de Sacramento cometeu seu ato final. Disparou em Evelyn Miroth, sua
amiga e em seu filho Jason de seis anos de idade. A polícia foi acionada
imediatamente pelos vizinhos. Havia muito sangue e órgãos retirados.
Mas algo estava faltando ali... Era David Ferreira,
o bebê de apenas um ano e dez meses de Evelyn!
David Ferreira.
Então, uma busca árdua pela criança começou
imediatamente. Muitas pessoas se habilitaram em procurá-lo. Retratos falados se
espalharam, até que uma moça que trabalhava em uma lanchonete se lembrou de um
homem “sempre sujo de sangue, com cabelo despenteado e olhos vazios”, era ele!
Artigo em um jornal
sobre Richard Chase.
A polícia localizou seu apartamento e o detetive já
estava disposto a matá-lo caso a criança estivesse lá. “Eu sei que não é
algo que um policial possa pensar, mas eu estava disposto. Ele não merecia
viver”. Com muita dificuldade, Chase foi
dominado, depois de muitas tentativas de fuga. O detetive confessou “Eu jurei
estourar seus miolos, mas eu não sou como você...”.
Apartamento de Richard Chase.
Apesar de todos os esforços, o pequeno David não
estava ali. Richard se calou. Pouco tempo depois, seu corpo foi localizado em
uma caçamba próxima a uma igreja. David fora decapitado e seus restos mortais
estavam dentro de uma pequena caixa.
No ano de 1979, o Vampiro de Sacramento entrou em
julgamento por seis terríveis assassinatos. Os advogados de defesa exigiam
tratamento médico-psicológico para Richard Chase, alegando que, no momento das
mortes, ele não estava totalmente consciente e capaz de distinguir o certo e o
errado. O julgamento inteiro girou em torno dessa discussão.
Que ele teria cometido àqueles crimes? Não havia
dúvidas! A questão era: seria Richard Chase insano? Como todas as vezes que ele
não pareceu se importar com sua aparência ou tentado esconder as pistas? Ou
estava consciente? Como quando tentou fugir sabendo de seu comportamento
desumano? As respostas para estas questões eram fundamentais para definir o
destino de Chase: a vida ou a morte.
O júri rejeitou o argumento da defesa sobre
insanidade e o condenou à pena de morte por câmara de gás. Não se sabe se, por influência de outros
presos ou por seu crítico estado mental que Richard Chase foi encontrado morto por
uma alta dosagem de remédios antidepressivos.
Richard Chase matou indiscriminadamente, o que torna
impossível uma vitimologia precisa. Não obstante, foi a primeira vez que o FBI
atribuiu o termo “assassino em série do
tipo desorganizado” para o caso de Teresa Wallin.
Por fim, o canal
Investigation Discovery (ID) produziu um pequeno vídeo "Lore: Deadly
Obsession: The Vampire Of Sacramento" sobre nosso serial
killer, que você pode acompanhar aqui.