ATENÇÃO: Esse post contém imagens e/ou relatos de violência extrema, podendo ser para os mais sensíveis seriamente perturbador e não é recomendado para menores de 18 anos. Você foi avisado.
Olá,
meus caros! Quantos de vocês são apaixonados por filmes de terror? Muitos, eu
aposto. É o lugar no qual o inimaginável se torna possível e os nossos piores
pesadelos se tornam palpáveis. Através deles podemos conhecer figuras cruéis,
desumanas, mas que preferimos esconder na completa ficção. Mas, o que vocês me
diriam se apenas um único homem se tornasse fonte de inspiração para os
assassinos mais monstruosos do cinema? E se através da sua história nascesse
Norman Bates, Buffalo Bill e Leatherface? É com imensa satisfação que eu vos
apresento... Ed Gein.
Buffalo Bill, Norman
Bates e Leatherface.
The
Plainfield Ghoul, The Mad Butcher ou simplesmente Ed Gein, nasceu no pequeno vilarejo de Plainfield, no estado norte
americano de Wisconsin. Em 1906, possuía cerca de 700 habitantes (sim) e logo, muitos
residentes limitavam sua vida a caçar e cuidar de pastos. Ed cuidou de pastos,
mas creio que fora sua estranha mania de caçar senhoras e cadáveres que o
tornou mundialmente famoso.
Edward
Theodore Gein.
Uma casa isolada, escura, fria, perfeita para
aqueles filmes de assombração. Então, Ed cresceu em uma delas. Acrescente o
fato de seu pai ser um comerciante alcoólatra e sua mãe uma religiosa
extremista. Temos aqui a semente da psicopatia.
A relação de Edward
com a figura materna era oscilada por sentimentos de amor e ódio. Ela era certamente
uma mulher autoritária e dominante no lar. Tinha uma disciplina muito severa e
lia trechos do Apocalipse para seus filhos (Ed e Henry, seu irmão)
constantemente. Evidenciava que o sexo era um pecado abominável e que as
mulheres eram prostitutas e instrumentos de lúcifer. Ed, porém, a enxergava
como uma santidade.
A
casa dos Gein.
Os moradores mais próximos diziam que Ed era um
homem muito simples, “um estranho
inofensivo”. Estudou até os 14 anos de idade, pois fora constantemente
humilhado pelo seu déficit de atenção e pelo comportamento “afeminado”. As mulheres notavam a fixação com que Gein as encarava, “o olhar dele me incomodava...”.
Em 1940, resultado de uma insuficiência cardíaca,
falece o pai de Ed. Quatro anos mais tarde, os irmãos Gein se deparam com um
terrível incêndio nos arredores da residência. Henry desaparece e tempos
depois, verificam sua morte. Ed dizia não saber onde seu irmão estava, pois o
tinha perdido de vista. Curiosamente, Ed sabia a localização do cadáver, em que
o mesmo não tinha morrido em decorrência do incêndio, mas sim de contusões na
cabeça. Não houve investigações posteriores.
Apesar dos “esforços”, eu diria, para Ed estar
sozinho com sua mãe, não durou muito tempo. Após a morte de seu marido e de
Henry, Augusta Gein teve embolia pulmonar, o que desencadeou uma série de
derrames. No final de 1945, ela faleceu.
Edward Gein, agora com 38 anos, morava isoladamente
na aterrorizante residência. Gein fora posteriormente diagnosticado com
esquizofrenia, desta forma, é plenamente capaz de imaginá-lo delirando, assim
como nos filmes, com o fantasma de sua mãe.
Para suprir a necessidade de uma figura feminina, Ed
Gein começou a procurar por corpos frescos em um cemitério próximo. Possuía uma
coleção imensurável de partes humanas. Porém, sua maior obsessão era pelos
órgãos sexuais femininos. Há especulações de ter o da sua própria mãe, pintado
de prata (!).
Uma
pequena parte de sua coleção.
Ademais, podemos citar: máscaras feitas com pele
humana, crânios cerrados utilizados como tigela, vulvas dentro de caixas, um
cinto de mamilos femininos, crânios para decoração, puxa-cortinas de lábios
femininos, órgãos e vísceras na geladeira, uma legging, abajures e cadeiras
revestidas de pele humana, além de muitos outros artefatos.
Desculpa,
não resisti.
Gein costumava vestir as peças cadavéricas que produzia. Colocando seios
e vaginas como roupas, imaginando-se uma mulher. Sua mãe, quem sabe? Bem, quando
a obsessão parou de produzir a satisfação esperada, era o momento de ir além.
Bernice Worden, uma senhora na idade da mãe de Gein, desapareceu em 1957.
Era dona de um dos poucos comércios daquele vilarejo e, quando este não abriu,
é claro que havia algo errado. Após investigações, soube-se que Ed estivera no
comércio no dia anterior. Então, buscas se iniciaram pela residência de Gein.
Detetives
e investigadores começaram pelo porão. Como estava demasiado escuro e não havia
nenhum resquício de eletricidade, tiveram que usar lanternas. Ao se aproximar
mais, algo estranhamente tocou no ombro de um deles. Foi isso aqui. (Só abra se estiver certeza do que está fazendo).
Era Bernice Worden,
decapitada, pendurada em vigas (como fazem com os veados após a caça) e com um
corte além do abdômen.
Com a terrível
experiência, as autoridades locais prenderam Ed. Não obstante, um minucioso
exame por toda a residência foi autorizada. Ninguém conseguia acreditar que
alguém vivia ali, daquele jeito. Era um caos, lixo acumulado de décadas (sim)
juntamente com toda aquela coleção mencionada anteriormente.
Uma
das fotos do interior da residência.
Apesar de tudo, algo estava intacto. Imaginem só se
não era o quarto da Sra. Gein, a mãe de
Edward! Tudo estava em seu lugar; a cama arrumada, a bíblia disposta na
cabeceira. Apenas o papel de parede estava gasto e empoeirado. Aquele local parecia
algo sagrado para Gein.
Mais investigações e descobriram um embrulho de
papel. Não havia nada menos que a cabeça de Mary Hogan, uma senhora da mesma
faixa etária, desaparecida desde 1954.
Mary
Hogan.
Especula-se que cerca de 15 mulheres estavam
dispostas (esfoladas, mutiladas, dissecadas) por toda a casa. No entanto, Ed
Gein confessou apenas duas, o restante dizia ser fruto de suas aventuras em
busca de cadáveres.
Após seu encarceramento, um leilão pelos pertences
de Gein fora marcado. Entretanto, em 1958 um súbito incêndio iniciou por toda a
casa. Não há qualquer indício do que o tenha provocado. Os moradores diziam ser
“providência divina”. Gein não demonstrou nenhuma reação pelo acontecimento.
Dado como absolutamente incapaz, passou 10 anos em Mendota State Hospital, Wisconsin. Em 1968 foi
declarado suficiente para estar em um tribunal. Ed Gein temia o seu futuro. Uma
semana mais tarde, devido às declarações de insanidade, a sentença condenatória
o obrigou a passar seus últimos anos em um hospital psiquiátrico.
Edward Gein faleceu em 26 de Julho de 1984 por
insuficiência cardiorrespiratória. Seu corpo foi enterrado ao lado de sua mãe e
a lápide várias vezes roubada. Hoje pertence a um museu local.
Ed é considerado um dos assassinos mais insanos e
macabros da história e sua trajetória não é nada menos que espetacular para
qualquer curioso no assunto. Além disso, é uma fonte inesgotável para diversas
produções cinematográficas; como observado em “Psycho - 1960”, “The Silence of
the Lambs - 1991” e “The Texas
Chainsaw Massacre - 1974”.
Para mais detalhes e
informações, recomendo este filme dirigido por Chuck Parello que você pode
acompanhar o trailer aqui.